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Perda de peso pós-parto reduz risco de incontinência urinária, diz estudo

27 de setembro de 2010 (Bibliomed). Muitas pessoas acreditam que os quilinhos adquiridos durante a gravidez - particularmente na região do abdome - podem aumentar os riscos de incontinência urinária da mulher após o parto. Porém um novo estudo sugere que o que realmente influencia as chances de a nova mamãe ter vazamentos involuntários de urina é o peso perdido após o nascimento do bebê.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega, a incontinência urinária é associada à gravidez por si só, com muitas mulheres tendo o problema durante a gestação e, em algum momento da vida após o nascimento, principalmente quando tiver sido por parto normal. Entretanto, a análise de 13 mil mulheres durante sua primeira gravidez mostrou uma fraca relação entre o ganho de peso na gestação e o risco de incontinência urinária nesse período, e não foi observada nenhuma relação entre esse ganho de peso na gravidez e os riscos de incontinência seis meses após o nascimento.

Por outro lado, o peso após a gestação pareceu ter influência no risco. Aquelas que perderam mais peso após o parto apresentaram menor risco de ter incontinência urinária: entre as mulheres que tiveram incontinência na gestação, cada quilograma perdido após o parto reduzia em 2% o risco de permanecer com o problema seis meses após o nascimento. E as que engordaram após a gravidez pareciam ter maior probabilidade de ter o problema de vazamento involuntário de urina seis meses mais tarde.

Os especialistas destacam que os resultados são surpreendentes. “Por décadas, os obstetras assumiam que o ganho de peso durante a gestação, em grande medida, poderia explicar o pico de incontinência urinária durante a gravidez, mas faltam as provas científicas da hipótese”, destacou o pesquisador Stian Langeland Wesnes, acrescentando que outros fatores devem desencadear o incontinência nesse período da vida da mulher.

No entanto, os autores não sabem explicar as razões de o peso adquirido apenas após a gravidez ter influência nesse risco. Uma possível razão seria o fato de que, entre as mulheres não grávidas, o maior contribuinte para o ganho de peso seja a gordura corporal, enquanto as gestantes ganham peso principalmente por causa do feto, da placenta e de fluidos corporais. Por isso, eles especulam que esse aumento no risco das mulheres não grávidas se deve a algum fator associado à gordura, como possíveis alterações hormonais.

Fonte: American Journal of Epidemiology. 20 de agosto de 2010.

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