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Mulheres obesas podem ter problemas na bexiga

08 de agosto de 2017 (Bibliomed). Fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, a obesidade também influencia o surgimento de problemas associados, como a incontinência urinária e cistocele, popularmente conhecida por bexiga baixa, ou queda da bexiga.

A incontinência urinária tem alta prevalência na população e afeta de maneira significativa a qualidade de vida. Estima-se que 20% das mulheres acima de 40 anos apresentem algum grau do problema. A cistocele ocorre devido à perda da sustentação da bexiga feita pelos músculos e ligamentos da pelve. Um dos primeiros sintomas é a incontinência urinária.

“Em torno de 40% das pacientes com incontinência urinária apresentam algum tipo de prolapso vaginal”, comenta o urologista e responsável pelo Centro de Micção do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Dr. Fernando Almeida.

Considera-se como fator de risco mulheres cujo Índice de Massa Corporal (IMC) esteja acima dos 26. O IMC é padrão internacional para avaliar o grau de obesidade e pode ser calculado dividindo o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros).

Segundo o especialista, a relação entre obesidade e incontinência urinária foi notada quando pacientes emagreceram após a cirurgia de redução de estômago, relatando que não mais perdiam urina. No entanto, se estiver caracterizada uma queda da bexiga, emagrecer não é o suficiente para solucionar o problema. Neste caso é necessário realizar uma cirurgia para propiciar a sustentação do órgão. Existem diversas técnicas disponíveis, entre elas a inserção de uma tela que faz as vezes da sustentação muscular.

Vale ressaltar que o exame clínico é uma das principais formas de diagnóstico podendo ser auxiliado por outros procedimentos, como estudo urodinâmico, ultrassonografia e ressonância magnética.

Fonte: Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, News release.

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