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Poucas horas de sono pode significar menos anos de vida, sugere estudo

03 de setembro de 2010 (Bibliomed). Homens que constantemente têm insônia ou que dormem menos de seis horas por noite parecem ter maior probabilidade de morrer cedo, segundo estudo recentemente publicado na revista científica Sleep. Avaliando mil mulheres com média de idade de 47 anos e 741 homens com média de 50 anos, pesquisadores americanos descobriram que, apenas entre os homens, a insônia crônica poderia aumentar os riscos de morte.

A pesquisa analisou o histórico completo de sono dos participantes, definindo a insônia como uma queixa por pelo menos um ano. Além disso, cada participante foi submetido a exames físicos e avaliações do sono em laboratório com um equipamento chamado polissonografia. E as análises mostraram que os homens que apresentavam insônia crônica tinham quatro vezes maior probabilidade de morte durante os 14 anos de acompanhamento, comparados àqueles que dormiam mais de seis horas por noite.

De acordo com os autores, a taxa de mortalidade dos insones no período avaliado foi de 51%, contra apenas 9% dos “bons de cama”. E esse maior risco de morte dos insones ocorreria independentemente da presença de obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, depressão e apneia obstrutiva do sono - doença marcada pela interrupção da respiração por várias vezes durante o sono. Entretanto, o estudo não traz evidências sobre as razões de isso ocorrer apenas entre os homens.

Baseados nos resultados, os especialistas defendem o estabelecimento de políticas de saúde pública que enfatizem o diagnóstico e o tratamento adequado da insônia crônica. “Até agora, nenhum estudo havia demonstrado que a insônia é associada à mortalidade”, destacou o pesquisador Alexandros Vgontzas, líder do estudo. “Nossos resultados diferentes são baseados em nossa nova abordagem para definir a insônia - através de uma reclamação subjetiva e da marca fisiológica objetiva de curta duração do sono, medida em laboratório”, concluiu o especialista.

Fonte: Sleep. 01 de setembro de 2010.

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