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15 de março de 2024 (Bibliomed). Pessoas que mantêm um padrão de sono regular podem ter um risco menor de desenvolver demência do que aquelas cujos horários de sono e vigília variam muito, indica estudo realizado na Universidade Monash, na Austrália.
Pessoas com sono mais irregular têm 53% mais probabilidade de desenvolver demência do que pessoas com regularidade média do sono. Isto sugere que a consistência quando se trata de dormir e acordar de manhã contribui para a saúde do cérebro.
Para o estudo, os pesquisadores acompanharam mais de 88 mil pessoas com idade média de 62 anos no Reino Unido. Os participantes foram acompanhados por uma média de sete anos e usaram um dispositivo de pulso durante sete dias que mediu o ciclo do sono, o que permitiu aos pesquisadores calcular a regularidade do sono.
Um índice de regularidade de sono perfeito de 100 envolveria uma pessoa que dorme e acorda na hora exata todos os dias, enquanto um índice de zero envolveria alguém cujos horários de sono e vigília são sempre diferentes. As pessoas com sono mais irregular tiveram uma pontuação média de 41, e as pontuações de sono mais regular ficaram em torno de 71.
Os participantes desses dois grupos tiveram uma pontuação média de regularidade do sono de 60. Os pesquisadores então avaliaram dados médicos para identificar quais dos participantes desenvolveram demência e descobriram que 480 pessoas sofreram declínio cerebral.
Pessoas com sono mais irregular tinham maior probabilidade de desenvolver demência do que pessoas com sono normal. No entanto, eles também descobriram que as pessoas com melhor sono regular não apresentavam um risco menor de demência do que as do grupo médio. Isso significa que as pessoas não precisam atingir ritmos de sono semelhantes aos das máquinas para obter os benefícios dos ciclos regulares de sono.
Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000208029.
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