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Estudo associa tabagismo dos pais antes da gravidez a problemas cardíacos do bebê

01 de setembro de 2010 (Bibliomed). Todas as mulheres que fumam são aconselhadas a largar o cigarro quando ficam grávidas, devido aos reconhecidos efeitos prejudiciais que esse hábito pode ter sobre a saúde e o desenvolvimento do bebê. Agora, um novo estudo apresentado nesta semana no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia indica que o hábito de fumar tanto da mãe quanto do pai antes da gravidez e nos primeiros três meses de gestação pode prejudicar o bebê, aumentando os riscos de ele nascer com problemas cardíacos.

Avaliando 365 recém-nascidos com cardiopatias congênitas e 1.122 sem essas doenças - todos, nascidos no período entre 1995 e 2005 -, pesquisadores da Lituânia observaram, após ajuste para possíveis fatores de confusão - como escolaridade da mãe, status social e estado civil -, que o tabagismo dos pais durante os três meses anteriores à gravidez e até o final do primeiro trimestre aumentava em 2,4 vezes os riscos de o bebê ter cardiopatias congênitas, comparado aos bebês de pais que não fumavam. Quando apenas a mãe fumava, esse risco era 2,2 vezes maior; e o tabagismo apenas do pai aumentava em 1,4 vezes as chances de o bebê ter esses problemas cardíacos.

Em artigo publicado na última edição do European Heart Journal, os pesquisadores destacaram que os resultados oferecem ainda mais razões para que o casal pare de fumar quando está planejando ter filhos. “Os resultados do estudo indicaram que o tabagismo parental durante os três meses anteriores à gravidez até o final do primeiro trimestre aumentou o risco de cardiopatias congênitas em recém-nascidos”, concluíram os especialistas.

Fonte: ESC Congress 2010. Abstract Book Online. P4005. Agosto de 2010.

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