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Uma em quatro vítimas de derrame para de tomar a medicação, alertam especialistas

13 de agosto de 2010 (Bibliomed). Aproximadamente 25% dos pacientes que sofreram um derrame, simplesmente, param de tomar a medicação prescrita pelo médico três meses após o evento vascular, segundo pesquisadores da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos. A análise do registro de 2,6 mil pacientes com mais de 18 anos atendidos em hospitais americanos com derrame isquêmico ou um ataque isquêmico transitório mostrou dados preocupantes sobre a descontinuidade do tratamento.

Com previsão de publicação na edição de dezembro da revista científica Archives of Neurology, a pesquisa mostrou que 75,5% das vítimas de derrames seriam usuárias persistentes dos medicamentos para prevenção de outro acidente vascular cerebral (AVC). Por outro lado, 20% dos participantes estavam tomando metade da medicação prescrita, e 3,5% haviam suspendido totalmente o tratamento no período de três meses após o derrame.

De acordo com os autores, a manutenção do tratamento estaria associada ao fato de o paciente ter seguro de saúde, à prescrição de menos classes de medicamentos, à idade avançada do paciente, e ao entendimento da importância de se tomar determinado medicamento, entre outros fatores.

Baseados nesses resultados, os pesquisadores destacam a necessidade de se desenvolver abordagens para melhorar a adesão desses pacientes aos tratamentos prescritos. “Diversos fatores modificáveis associados ao regime de persistência foram identificados e poderiam ser alvo para melhorar a prevenção, em longo prazo, do derrame secundário”, concluíram.

Fonte: Archives of Neurology. 09 de agosto de 2010.

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