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Cirurgia e stents são igualmente eficazes na prevenção do AVC, diz estudo

16 de junho de 2010 (Bibliomed).  Os médicos têm agora duas opções seguras e eficazes para tratar os pacientes que correm o risco de sofrer um derrame: cirurgia ou uso de stent para desbloquear a artéria carótida, segundo pesquisa da Clínica Mayo, nos Estados Unidos. De acordo com o pesquisador Thomas Brott, o estudo mostra “resultados de longo prazo e seguros para pacientes com sinais de alerta de AVC e também para pacientes que não apresentam esses sinais”.

Em comparação com outros testes internacionais de prevenção de AVC, o estudo da endarterectomia de revascularização da carótida versus a colocação de stent (CREST) é único, segundo os autores, pelo fato de que metade dos pacientes envolvidos não apresentou sintomas de doenças da carótida, enquanto a outra metade já tinha apresentado sintomas recentes, incluindo ataque isquêmico transitório ou AVC não incapacitante. Dessa forma, publicados recentemente no New England Journal of Medicine, os resultados podem orientar as decisões de tratamento para os dois grupos de pacientes - o que é muito importante, visto que metade das 140 mil cirurgias de carótida e colocação de stents nos EUA a cada ano envolve pacientes sem sintomas.

Os pesquisadores afirmam que, apesar dos resultados em longo prazo obtidos com a cirurgia e com a colocação de stents serem igualmente positivos, nas semanas imediatamente após o procedimento, os pacientes que receberam um stent apresentaram menos ataques cardíacos do que o outro grupo, e os que foram tratados cirurgicamente tiveram menos acidentes vasculares cerebrais do que o grupo tratado com stent. As pessoas com menos de 70 anos apresentaram resultados ligeiramente melhores com stents, enquanto os pacientes com mais de 70 anos tiveram resultados melhores com a cirurgia.

Tratamento do AVC

Marcado por uma interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro, o acidente vascular cerebral é a terceira principal causa de morte nos Estados Unidos. Uma causa importante é o acúmulo de colesterol na artéria carótida, e o tratamento tradicional eficaz tem sido a endarterectomia da carótida, cirurgia para remover a obstrução. Mais recentemente, os especialistas vasculares vêm usando a colocação de stents na artéria carótida, um procedimento menos invasivo que envolve a inserção e expansão de um pequeno dispositivo de proteção na artéria para ampliar a área obstruída e capturar placas deslocadas.

Entretanto, segundo especialistas, ainda não estão claros os riscos e benefícios comparativos desses dois procedimentos. Para descobrir isso, o National Institute of Health (Instituto Nacional de Saúde) financiou o CREST, que é considerado um dos maiores testes randomizados de prevenção de AVC já desenvolvido. O estudo incluiu 2.502 pacientes em 117 centros nos Estados Unidos e Canadá, entre 2000 e 2008.

Fonte: SPMJ Comunicações/ Mayo Clinic. Press release. 14 de junho de 2010.

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