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Aumentam cirurgias reconstrutivas nos EUA

Por Alan Mozes

NOVA YORK (Reuters Health) - Cirurgias reconstrutivas para corrigir anormalidades que se desenvolvem em função de defeitos de nascença, trauma, infecção ou doenças aumentaram 10 por cento desde 1992, de acordo com pesquisadores dos Estados Unidos.

"A maioria das cirurgias reconstrutivas é feita em centros ambulatoriais e hospitais em vez de consultórios médicos, e médicos de pronto-socorro estão bem qualificados para lidar com muitas situações diferentes, de modo que os pacientes podem se recuperar mais rápido com bons resultados", disse Walter Erhardt, presidente da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

A ASPS analisou o desenvolvimento das cirurgias reconstrutivas na última década através da revisão dos registros fornecidos por cirurgiões plásticos reconhecidos pelo Conselho Americano de Cirurgia Plástica e pela Escola Real de Médicos e Cirurgiões do Canadá.

Destacando que somente a partir de 1998 as cirurgias reconstrutivas aumentaram 6 por cento, a ASPS também descobriu que 1,25 milhão de cirurgias reconstrutivas foram realizadas em 1999 e que a remoção de tumor é o procedimento mais comum, com mais de meio milhão de operações feitas ao ano, seguida de cirurgia de mão.

Além disso, segundo a sociedade, a reconstrução de mama acompanhando tratamento para câncer aumentou quase 20 por cento desde 1998 e 180 por cento desde 1992 -- com 45 por cento de todas as cirurgias ocorrendo em conjunto com a mastectomia.

Erhardt destacou que, em um aspecto crucial, o clima para a cirurgia reconstrutiva mudou dramaticamente. Ele ressaltou a mudança na percepção e nas questões legais que envolvem cirurgias de mama.

"O governo federal determinou que uma empresa de seguros que cobre câncer de mama é obrigada a cobrir a reconstrução desta mama -- isso não é tratado simplesmente como uma cirurgia estética...Agora, as mulheres têm a escolha e a oportunidade que antes eram negadas a um grande número", disse Erhardt.

Ele acrescentou que, com mais cirurgias reconstrutivas sendo realizadas, os pacientes e familiares precisam analisar todas as opções e potenciais consequências de realizar qualquer procedimento.

"Muitas vezes, você tem tempo para avaliar todos os aspectos se esta não for uma situação de emergência", afirmou Erhardt.

"E você sempre quer ter certeza de que o médico têm conhecimento para lidar com a situação em que você se encontra, uma vez que, por exemplo, alguns são especialistas em cirurgia de mão e alguns não. Chamar um cirurgião plástico de fora do pronto-socorro do hospital sempre é uma opção -- que deve ser, e normalmente é, considerada", concluiu Erhardt.

Sinopse preparada por Reuters Health

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