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Zinco poderia reduzir efeitos do álcool para o feto, indica estudo

05 de janeiro de 2009 (Bibliomed). Diversos estudos indicam que beber demais – mesmo que seja apenas uma vez – durante a gravidez pode causar numerosos problemas para o feto, aumentando os seus riscos de morte. Porém, um novo estudo australiano que será publicado na edição de abril da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research indica que a administração de suplementos de zinco poderia amenizar esses problemas associados ao consumo de álcool.

Segundo os autores, assim como a exposição ao álcool, a deficiência de zinco é prejudicial ao feto, e pode explicar alguns defeitos de nascimento associados à bebida, incluindo anormalidades no desenvolvimento neurológico.

“Estudos anteriores têm mostrado que álcool pré-natal, assim como outras toxinas, pode resultar em deficiência de zinco fetal e teratogenicidade (malformação congênita), ao induzir a proteína ligadora do zinco, metalotioneína, no fígado da mãe. Desde então, nosso grupo confirma a importância da metalotioneína nos defeitos de nascimento mediados pelo álcool”, explicou o pesquisador Peter Coyle, do Hanson Institute.

No estudo, os cientistas injetaram, em camundongos prenhas, uma solução com 25% de álcool ou uma solução salina no oitavo dia de gestação (correspondente a de três a oito semanas de gravidez em humanos); e os animais receberam uma dieta normal, ou com suplementação de zinco. E eles descobriram que a suplementação pode prevenir as anormalidades fetais e a morte pós-natal causadas pela exposição ao álcool no início da gestação.

Além disso, essa suplementação aumentava os níveis de zinco no sangue da mãe, compensando a queda transitória na concentração do mineral por causa do álcool. E isso poderia prevenir a deficiência de zinco no feto e consequentes danos no desenvolvimento do bebê.

Mas eles ressaltam que os resultados não significam que seja seguro beber durante a gestação se a mulher estiver sob suplementação de zinco, até porque ainda são necessários testes em humanos para determinar se o mineral pode mesmo proteger contra todos os efeitos negativos do álcool e em qual dose ele é seguro e eficaz. Por isso, o mais seguro ainda é parar de beber completamente durante a gravidez.

Fonte: Alcoholism: Clinical & Experimental Research. 12 de janeiro de 2009.

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