Notícias de saúde

Amamentação tem efeito limitado no combate à obesidade, diz estudo

21 de janeiro de 2009 (Bibliomed). Os benefícios da amamentação no combate à obesidade podem se tornar insignificantes quando a criança alcança os sete anos de idade, segundo estudo da Universidade de Southampton, na Inglaterra. De acordo com os pesquisadores, o aleitamento materno por um maior período está associado a um menor índice de massa corporal (IMC) do bebê de um ano de idade, mas essa relação não seria observada em crianças a partir dos sete anos.

Os resultados, publicados no Journal of Nutrition, ajudam a explicar as razões de alguns estudos sugerirem que a amamentação pode proteger contra a obesidade, enquanto outros não encontram efeitos significativos no peso e na gordura corporal.

Obesidade na maturidade

Avaliando dados de cerca de 2 mil pessoas nascidas entre 1934 e 1944, os pesquisadores notaram que aquelas que haviam sido amamentadas de cinco a sete semanas apresentaram menor índice de massa corporal aos 60 anos de idade, embora a diferença não fosse estatisticamente significante. Além disso, o aleitamento materno por menos de dois meses e por oito meses ou mais foi associado a um maior IMC e maior porcentagem de gordura corporal.

De acordo com os autores, a amamentação por menos de dois meses é insuficiente, pois não permite a exposição do bebê aos fatores protetores do leite materno. E o prolongamento por mais de oito meses pode ser ruim, porque os hormônios maternos no leite poderiam afetar negativamente o eixo hipotalâmico-hipofisário-tireoidiano do bebê.

Apesar dos efeitos da amamentação na obesidade adulta parecerem limitados, os pesquisadores exaltam os benefícios do aleitamento materno para a saúde geral, que poderiam durar além da infância. E eles defendem a necessidade de mais estudos para avaliar a relação entre amamentação e obesidade.

Fonte: Journal of Nutrition. 23 de dezembro de 2008.

Copyright © 2009 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários