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COVID-19 atinge a saúde mental, atividade sexual e qualidade de vida das gestantes

04 de março de 2021 (Bibliomed). Não se conhece qual é o real impacto da pandemia de COVID-19 na saúde mental de mulheres grávidas e lactantes. Um recente estudo, realizado no Irã e na Austrália, teve como objetivo avaliar o impacto do COVID-19 na saúde psicológica, função sexual e qualidade de vida (QV) em mulheres grávidas e lactantes iranianas, além de comparar os resultados com mulheres não grávidas/não lactantes.

As pacientes foram convidadas a preencher três questionários para sua correta avaliação. Das 657 mulheres que preencheram os questionários, 53 foram excluídas do estudo devido à falta de critérios de entrada ou preenchimento incompleto. Mulheres grávidas e lactantes e mulheres não grávidas/não lactantes entre maio e junho de 2020 foram incluídas neste estudo

Os resultados apontaram que as mulheres grávidas e lactantes obtiveram escores significativamente menores em ambas as dimensões do estado mental (depressão e ansiedade), em comparação com as mulheres não grávidas/não lactantes.

A tendência da prevalência de depressão pré-natal aumentou com o número de mortes e pacientes recém-diagnosticados, falta de acesso às características da doença, medo de infecção e transmissão vertical da mãe para o feto. O estresse e a ansiedade deprimem o sistema imunológico e tornam as pessoas suscetíveis a doenças infecciosas, além do que vários estudos relataram uma associação entre doença mental durante a gestação e resultados adversos da gravidez, como baixo peso ao nascer e parto prematuro. Além disso, a gravidez e a depressão pós-parto estão associadas a uma menor duração da amamentação; da mesma forma, a ansiedade da mãe está associada a dificuldades de amamentar, menor intenção de amamentar e duração da amamentação.

Devido aos impactos consideráveis da gravidez e da lactação na atividade sexual pelas muitas mudanças físicas e mentais que ocorrem, as mulheres grávidas e lactantes são mais propensas à eficácia do impacto mental do COVID-19 e à disfunção sexual.

Em suma, pode-se dizer que gestantes e puérperas, como grupos de alto risco para transtorno mental e disfunção sexual, são mais suscetíveis aos possíveis efeitos psicológicos da pandemia do coronavírus. Portanto, parece que prestar mais atenção aos serviços de saúde mental como um benefício para combater os efeitos psicológicos dos coronavírus pode levar a diminuir as consequências da depressão, ansiedade e estresse para o feto e para o recém-nascido.

Fonte: Health Qual Life Outcomes. 2021; 19:66.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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