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Estudo indica porque apneia do sono aumenta o risco de derrames

08 de janeiro de 2009 (Bibliomed). A apneia obstrutiva do sono – doença marcada por interrupções na respiração durante o sono acompanhadas de ronco – pode provocar um derrame ao reduzir o fluxo sanguíneo, aumentar a pressão arterial e reduzir a capacidade de o cérebro controlar essas mudanças, segundo estudo publicado esta semana no Journal of Applied Physiology.

Em pesquisa anterior, a equipe de cientistas havia demonstrado que pacientes com apneia do sono são três vezes mais propensos a sofrer um derrame ou morrer do que as pessoas em estado de saúde similar, mas sem o problema respiratório. E, de acordo com pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, os resultados do novo estudo ajudam a explicar as razões dessa relação.

A análise da pressão e do fluxo sanguíneo no cérebro de 48 pessoas de meia-idade – 22 com apneia – revelou que os pacientes com o problema respiratório têm dificuldades em compensar as mudanças na pressão arterial, como as que ocorrem quando alguém levanta de repente. Além disso, esses pacientes apresentaram menor fluxo sanguíneo no cérebro.

Segundo os especialistas, as descobertas indicam que o dano causado pela apneia do sono pode permanecer durante o dia, com as repetidas mudanças no fluxo e na pressão sanguínea que ocorrem durante o sono afetando a “autorregulação” do cérebro.

Agora, os pesquisadores pretendem examinar se as estatinas, drogas para o controle do colesterol que possuem propriedades anti-inflamatórias, podem restaurar a função cerebral perdida em pacientes com apneia. Além disso, mais estudos são necessários para confirmar se o tratamento da apneia com a pressão contínua em via aéreas pode reduzir os riscos de derrames.

Fonte: EurekAlert. Public release. 06 de janeiro de 2009.

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