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Estudo associa taxa cardíaca alta ao desenvolvimento de obesidade e diabetes

15 de dezembro de 2008 (Bibliomed). Ter a freqüência cardíaca alta em período de repouso pode levar ao desenvolvimento de obesidade e diabetes, segundo estudo japonês publicado no American Journal of Hypertension. De acordo com os autores, pessoas com freqüência superior a 80 batimentos por minuto têm maior propensão a desenvolver resistência à insulina, diabetes e problemas cardiovasculares.

A taxa cardíaca é regulada pelo sistema nervoso simpático, uma rede de neurônios que operam sem o pensamento consciente, e acredita-se que pode afetar o intestino grosso, os vasos sangüíneos, a dilatação da pupila, a transpiração e a pressão sangüínea.

Em um dos primeiros estudos a avaliar o impacto da freqüência cardíaca no metabolismo, foram incluídos 614 participantes, acompanhados por um período de 20 anos. E os voluntários foram divididos em quatro grupos de acordo com sua taxa cardíaca – menos de 60 batimentos por minuto; de 60 a 69; de 70 a 79; e superior a 80.

Comparados com aqueles de menor freqüência, os participantes com taxa cardíaca superior a 80 eram 1,3 vezes mais propensos a serem obesos, 1,2 vezes mais propensos a desenvolver resistência à insulina e tinham 4,4 vezes mais chances de acabarem diabéticos.

Os autores acreditam que a excessiva atividade dos nervos pode levar à obesidade por causa da redução da quantidade de gordura queimada no corpo. “Essas descobertas oferecem um mecanismo que pode explicar como a obesidade e o sistema nervoso simpático estão associados. Isso pode, por sua vez, aumentar o entendimento de seu papel causal no desenvolvimento de infartos e derrames”, concluíram.

Fonte: American Journal of Hypertension. 11 de dezembro de 2008.

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