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Um em cinco jovens americanos tem distúrbio de personalidade, diz pesquisa

04 de dezembro de 2008 (Bibliomed). Quase um a cada cinco jovens americanos tem algum distúrbio de personalidade que interfere em sua vida diária, e mais ainda abusam de álcool e drogas, segundo estudo publicado, nesta semana, no Archives of General Psychiatry. Entre esses problemas, incluem-se tendências obsessivas compulsivas e comportamento anti-social, que podem levar à violência.

O estudo indica também que os distúrbios de personalidade são subdiagnosticados no país, e menos de 25% desses jovens adultos com problemas psicológicos recebem tratamento. E esses dados preocupam os especialistas, principalmente após tragédias ocorridas nos últimos anos em universidades dos Estados Unidos, como a de Virgina Tech, onde um jovem sul-coreano matou mais de 30 pessoas.

Os pesquisadores entrevistaram mais de 5 mil jovens, com idades entre 19 e 25 anos, nos anos de 2001 e 2002. E descobriram que, se contarem com o abuso de substâncias, quase metade dos jovens, entre estudantes e não-estudantes, apresentaram algum problema psiquiátrico no ano anterior ao início do estudo. Cerca de 8% apresentavam personalidade obsessiva compulsiva, 8% tinham fobias, 7% depressão, 4% distúrbio bipolar e 12% distúrbios de ansiedade diversos.

As taxas gerais de problemas psiquiátricos não diferiam entre estudantes e não-estudantes. Porém, o risco de abuso de álcool seria maior entre os universitários (20%, contra 17% dos não-estudantes); e o de abuso de drogas e o hábito de fumar seriam mais comuns entre os não-estudantes.  

De acordo com os pesquisadores, esse grupo de idade estaria particularmente sob risco porque “para muitos, a idade adulta jovem é caracterizada pela perseguição de maiores oportunidades educacionais e perspectivas de emprego, desenvolvimento das relações pessoais e, para alguns, paternidade”. E todas essas circunstâncias geram estresse, que pode desencadear o início ou a recorrência de problemas psiquiátricos. Por isso, eles destacam a necessidade de intervenções nesse grupo de idade, incluindo os universitários.

Fonte: Archives of General Psychiatry. Dezembro de 2008.

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