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Ansiedade associada ao infarto aumenta os riscos de morte, diz estudo

07 de novembro de 2008 (Bibliomed). O transtorno de estresse pós-traumático ligado ao infarto, que é marcado por ansiedade intensa, pode aumentar, em longo prazo, os riscos de morte entre pessoas com desfibrilador cardíaco implantado, segundo estudo publicado na edição de novembro do Archives of General Psychiatry. O desfibrilador é um dispositivo eletrônico que dispara um choque quando o coração começa a bater em ritmo perigoso, para que ele volte ao normal, ajudando a salvar vidas.

No estudo, pesquisadores alemães descobriram que 70% dos 211 pacientes com esse dispositivo implantado que foram avaliados apresentavam algum sintoma de estresse pós-traumático. E cerca de 31% deles morreram no período de cinco anos após o ataque cardíaco, com os pacientes com o estresse sendo 2,4 vezes mais propensos a estar entre os falecidos.

“Nossas descobertas oferecem evidência direta de uma influência independente dos sintomas do transtorno de estresse pós-traumático sobre resultados fatais nesses pacientes”, explicou o pesquisador Karl-Heinz Ladwig, da Universidade Técnica de Munique.

Além disso, os pacientes com os sintomas do estresse apresentavam mais sintomas cardíacos, como dor no peito, do que aqueles sem o transtorno pós-traumatico embora os resultados clínicos entre os dois grupos fossem os mesmos. “Portanto a gravidade percebida, em vez de a gravidade objetiva de uma condição cardíaca determinada por critérios cardíacos, pode estar associada com o transtorno do estresse pós-traumático”.

Os autores destacam que mais estudos são necessários para desvendar como os mecanismos comportamentais e biológicos afetam as taxas de morte entre esses pacientes. Mas, enquanto isso, eles recomendam a triagem para o transtorno do estresse em pacientes com desfibrilador implantado.

Fonte: HealthDay. 04 de novembro de 2008.

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