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Medicamentos anticonvulsivantes podem ser usados na amamentação?

23 de abril de 2008 (Bibliomed). As mulheres com epilepsia que pretendem amamentar os seus filhos podem ser capazes de fazê-lo com segurança, sem interromper o uso de seus medicamentos, indicam os resultados iniciais de um novo estudo.

A preocupação foi levantada por mulheres que amamentam usando drogas antiepilépticas, o que eventualmente poderia aumentar o risco de morte celular nos cérebros, induzida por estas drogas Em estudos animais, alguns medicamentos podem causar a morte celular no cérebro imaturo (como o de um bebê). O beta-estradiol, o hormônio sexual da mãe, pode bloquear este efeito, enquanto o bebê está no útero, mas tais efeitos protetores estão ausentes após o nascimento.

No entanto, um novo estudo apresentado no 60º Congresso da Academia Americana de Neurologia, em Chicago, Illinois, não demonstrou que a amamentação é prejudicial para a criança quando a mãe está usando certos medicamentos anticonvulsivantes. O estudo é o primeiro de seu tipo a analisar o efeito da amamentação e medicamentos anticonvulsivantes.

As conclusões são baseadas em um estudo ainda em andamento, que analisou a capacidade cognitiva de 187 crianças com 2 anos de idade cujas mães tomaram um dos seguintes fármacos para o tratamento da epilepsia: carbamazepina, lamotrigina, fenitoína, ou divalproato de sódio (nomes farmacológicos).

Entre o grupo estudado, 41% das crianças foram amamentadas. As crianças amamentadas tiveram uma maior pontuação na pesquisa do Índice de Desenvolvimento Mental (MDI) do que aquelas que não foram amamentadas, independentemente do tipo de medicação anticonvulsivante.

Segundo os autores, os primeiros resultados do estudo mostram que a amamentação durante o tratamento medicamentoso antiepiléptico não parece ter um impacto negativo sobre a capacidade cognitiva da criança. Os investigadores advertem que mais estudos são necessários para confirmar as suas observações.

Fonte: 60th AAN Annual Meeting - April 12–19, 2008 / Chicago, Illinois.

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