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Cresce o número de suicídios entre adolescentes

15 de outubro de 2007 (Bibliomed). Uma notícia alarmante foi publicada no último mês, pela revista eletrônica Morbity and Mortality Weekly Report. Segundo os autores, o número de casos de suicídio entre pré-adolescentes e adolescentes americanos cresce assustadoramente.

As informações para essa conclusão foram obtidas a partir de dados coletados pelo CDC (Center of Disease Control – nos Estados Unidos) em 2004 – último ano em que foram levantados. De acordo com os resultados obtidos, a maior parte dos jovens suicidas é composta por meninas entre 10 e 14 anos (76% do total). Na faixa dos 15 aos 19 anos, esse valor é de 32% no sexo feminino e de 9%, no masculino. A idade crítica em que mais se observou casos de suicídio foi aos 15 anos.

Os últimos valores encontrados parecem contradizer o que parecia uma rota decrescente dos casos de suicídio, observados entre jovens e adolescentes, na última década. Entretanto, muito embora esses dados tenham sido obtidos em 2004, ainda não se pode afirmar com certeza de que a tendência agora é de um aumento agravante.

Outro fato que chama a atenção é que os casos de enforcamento e asfixia estão se tornando comuns, especialmente entre os 10 e 14 anos. Eles quase que dobraram, quando comparados com as taxas de 1990. Naquele ano, observou-se 35 casos em 1000 meninas dessa faixa etária; em 2004, esse valor foi para 68 em cada 1000.

Mas qual o motivo para esse aumento? Talvez uma explicação possível seja a influência de jogos, ultimamente populares entre os escolares, em que os participantes usam mãos, cordas ou mesmo tecido para provocar a perda de consciência do adversário. Entretanto, o CDC não acredita que essas mortes, entre os adolescentes, tenham sido erroneamente classificadas como suicídio. Mas não se pode dizer ao certo se essa "brincadeira" esteja associada como um influenciador, para os tipos de suicido observados.

Um outro dado notado pelos pesquisadores é que as taxas de suicídios se correlacionam com prescrições de antidepressivos para jovens e adolescentes. Para alguns especialistas, isso esse associaria a uma predisposição suicida de uma parcela desses indivíduos.

Contudo, não se pode esquecer que esse problema envolve muitos fatores, sendo difícil afirmar qual seria o gatilho para sua ocorrência – é o que diz Ileana Arias, diretora do CDC’s National Center for Injury Prevention and Control. Os autores acreditam que mais estudos deverão ser realizados sobre o suicídio entre os jovens. Entretanto, o alerta aos pais e responsáveis é indispensável.

Fonte: Morbidity and Mortality Weekly Report, Sept. 7, 2007; vol 56: pp 905-908

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