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Como se protegem do sol os atletas

04 de setembro de 2007 (Bibliomed). Campanhas para a proteção contra os efeitos nocivos do sol são promovidas todos os dias, tanto através da televisão, como através de em palestras em praias, escolas ou em unidades de saúde. Mas será que realmente estão trazendo modificações nos hábitos das pessoas?

Pesquisadores do Centro de Pesquisa de Prevenção contra o Câncer, da Universidade de Queensland, na Austrália, realizaram um estudo sobre a proteção contra o sol, entre jovens desportistas. Os resultados foram publicados pela revista Australian and New Zealand Journal of Public Health, em junho deste ano.

O principal objetivo dos investigadores era tentar estabelecer uma relação entre a proteção contra o sol, e a realização de atividades físicas entre jovens atletas (idade entre 18 e 30 anos). Foram analisadas quatro modalidades esportivas: o hockey, o tênis, o futebol e o surfe e os autores avaliaram como os praticantes desses esportes se protegiam contra os efeitos nocivos do sol.

Segundo os resultados obtidos, as queimaduras solares foram relatadas por uma grande parcela dos esportistas, sendo que na última estação de esportes ela alcançou a taxa de 69%. O uso de chapéus e óculos escuros variou muito entre as categorias. Sobre este aspecto, os jogadores de futebol e hockey foram os que menos relataram o uso, visto a sua proibição durante a competição. Um outro agravante foi a constatação de que a maioria dos jogadores, de todas as categorias analisadas, jogavam em campo aberto sem sombra.

A utilização de protetor solar variou de acordo com o sexo, sendo as mulheres as que mais reportaram seu uso, assim como o de chapéus e óculos de proteção em todas as modalidades.

Para os autores, os achados servem de um alerta para os jovens esportistas, para que se previnam dos efeitos danosos do sol. Uso de protetor solar, planejamento de quadras esportivas com sombra, entre outras medidas, consistem em uma preocupação para esse grupo e em um fator preventivo contra o desenvolvimento de câncer de pele no futuro.

Fonte: Australian and New Zealand Journal of Public Health; 31 (3): 230 – 234 (June 2007)