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Leigos Testarão Desfibrilador para Socorrer Vítima de Enfarte

Por Suzanne Rostler

NOVA YORK (Reuters Health) - Das 300.000 mortes por parada cardíaca súbita nos Estados Unidos a cada ano, cerca de um quarto ocorre fora de casa.

Para melhorar o tratamento de pessoas que sofrem um enfarte em locais públicos, pesquisadores do Instituto Nacional de Coração, Pulmão e Sangue (NHLBI) e da Associação Americana de Coração (AHA) lançaram um estudo para avaliar se voluntários comunitários pode ser treinados para usar desfibriladores externos automáticos.

Esses aparelhos, que dão um choque em um coração parado para ele voltar a bater, são utilizados por pessoas treinadas para serviços médicos de emergência e comissárias de vôo de companhias aéreas.

"Queremos saber se colocando esses aparelhos nas comunidades onde voluntários treinados podem ter acesso a eles irá prevenir mortes adicionais - e se um programa como este é possível", disse Claude Lenfant, diretor do NHLBI, em um pronunciamento.

De acordo com Al Hallstrom, professor de bioestatística na escola de saúde pública e medicina comunitária da Universidade de Washington e diretor do estudo, cerca de 4 por cento das pessoas sobrevivem a uma parada cardíaca.

As taxas de sobrevivência podem aumentar a cerca de 10 por cento para cada minuto ganho do tempo que uma pessoa tem que esperar para receber desfibrilação, estima Hallstrom.

"Quase sempre, a ressuscitação é mal sucedida com atrasos de dez ou mais minutos", destacou Hallstrom em um pronunciamento.

Os organizadores do estudo irão treinar voluntários em 24 comunidades nos Estados Unidos e no Canadá para reconhecer os sintomas de parada cardíaca, chamar o 911 (telefone de emergência) e fazer ressuscitação cardiopulmonar.

Em metade das comunidades, os voluntários serão treinados para usar desfibriladores e os aparelhos serão colocados em locais óbvios, como prédios residenciais, shoppings, centros para idosos, condomínios fechados, edifícios comerciais e áreas de esporte. A iniciativa de fornecer desfibriladores a voluntários é conhecida como desfibrilação de acesso público.

Marcel Salive, pesquisador médico, disse que o uso do aparelho é muito fácil. Ele afirmou que, na verdade, após apertar o botão "ligar", um chip eletrônico fornece instruções fáceis de entender.

"As questões que precisam ser entendidas são...uma pessoa leiga vai querer fazer isso em um vizinho ou companheiro de trabalho e isso vai funcionar no mundo real? Queremos descobrir", afirmou Salive.

Sinopse preparada por Reuters Health

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