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Depressão materna afeta comportamento dos filhos

24 de janeiro de 2007 (Bibliomed). A depressão materna apresenta diversas implicações no comportamento de seus filhos. A figura materna exerce um papel crucial na formação do caráter dos filhos, sobretudo nas fases importantes do desenvolvimento, tais como a infância e a adolescência.

Os filhos costumam espelhar-se bastante no comportamento materno. A presença da mãe como uma figura de proteção, acolhimento, apoio e correção é paulatinamente introjetada na consolidação da personalidade dos filhos. A presença de depressão materna conduz a uma série de modificações nesta relação, uma vez que a mãe doente não é capaz de conviver e orientar seus filhos de forma adequada.

Com o intuito de avaliar a presença de problemas comportamentais, tais como o abandono escolar, em filhos de mães com depressão, um grupo de pesquisadores publicou um artigo na revista Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry em Janeiro de 2007.

O estudo contou com a participação de 240 mães e adolescentes, os quais receberam acompanhamento anual e forneceram informações acerca do impacto que a depressão materna produziu no comportamento dos filhos.

Detectou-se que dentre os adolescentes, cujas mães apresentavam episódios depressivos, houve um maior número de usuários de drogas ilícitas, iniciação precoce da atividade sexual e maiores taxas de abandono escolar.

Nas famílias em que, apesar da depressão materna, havia a presença da figura paterna notou-se um menor número de problemas nos filhos adolescentes. Porém, mesmo nestes casos, quando a mãe sofria de depressão grave, os adolescentes se envolveram em maior número de problemas.

Com isso os autores sugerem, que os programas preventivos, devem abordar a questão da depressão materna, a fim de se reduzir os problemas gerados pelos desvios de comportamento dos adolescentes. Os filhos de mães depressivas são considerados de alto risco, quanto ao abandono escolar e uso de drogas, merecendo, portanto, atenção especial na escola e em casa.

Fonte: Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry; 46 (1): 15 – 24, January 2007.

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