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Incapacidade de reconhecer rostos pode ter origem genética

11 de julho de 2006 (Bibliomed). A prosopagnosia, uma incapacidade de reconhecer rostos, foi estudada recentemente e começaram a aparecer indícios que pode ter origem genetica e ser controlada por apenas um gene.

A incapacidade de se reconhecer faces, com exceção dos mais familiares, como membros da família, a prosopagnosia, pode ser causada por danos no cérebro, mas existem casos que o problema parece ocorrer em membros de uma mesma família.

O primeiro estudo para averiguar a hereditariedade da doença recrutou 689 estudantes do segundo grau e terceiro grã. Os pesquisadores aplicaram um questionário para selecionar aqueles que possivelmente eram afetados pelo problema. O teste encontrou 17 pessoas que portavam o distúrbio, dentre essas 14 permitiram novos testes, envolvendo membros da família, todos apresentavam pelo menos um parente com a prosopagnosia.

Quase todos os afetados apresentam problemas em responder imediatamente se o rosto é de uma pessoa conhecida. Eles apresentam incertezas durante o convívio social, dificuldades de visualizar os rostos de parentes próximos, ou de fazer imagens mentais de árvores, folhas, ou pássaros. Geralmente apresentam problemas em acompanhar programas de TV ou filmes, pois não conseguem distinguir os atores com a facilidade necessária.

Os afetados geralmente desenvolvem estratégias para facilitar a tarefa de reconhecer as pessoas, eles tentam reconhecer as pessoas através da voz, modos de agir, roupas e cor do cabelo. Geralmente as pessoas que apresentam o distúrbio elaboram desculpas para justificar o problema mesmo não tendo conhecimento da sua condição, eles dizem estar pensando em outras coisas, precisando de óculos. Geralmente estas pessoas evitam multidões.

Devido às estratégias que os afetados pelo problema desenvolvem, geralmente ainda quando crianças, muitos não se dão conta que são afetados pelo distúrbio e nem mesmo descobrem que outras pessoas da família também possuem esta dificuldade. O que explica porque a prosopagnosia é tão pouco conhecida pelas pessoas.

Aparentemente o problema não afeta o reconhecimento do sexo, emoções e idade o que sugere que a parte do cérebro responsável pelo processamento desta informação não é a mesma.

American Journal of Medical Genetics, Jul., 2006 (DOI: 10.1002/ajmg.a.31343).

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