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Capital Mexicana Quer Facilitar Prática de Aborto

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - No momento em que se intensifica a batalha política em torno do aborto no México, a prefeita da capital do país, Rosario Robles, propôs amenizar a proibição à prática na cidade, permitindo-a em certos casos.

"Não propusemos a legalização do aborto. Propusemos simplesmente que a gravidez possa ser interrompida se a saúde da mãe estiver sob risco ou caso o feto carregue graves defeitos congênitos", afirmou a prefeita da Cidade do México em um discurso para grupos de proteção dos direitos da mulher.

As propostas, enviadas para o Poder Legislativo da capital na segunda-feira, permitiriam o aborto também para o caso de gravidez resultante de estupro.

Os legisladores do Distrito Federal, a área da capital, devem se reunir na sexta-feira para discutir as medidas.

O México, um país majoritária e fervorosamente católico, assiste a uma polêmica deflagrada na semana passada por legisladores conservadores de 1 dos 31 Estados mexicanos.

Legisladores do Estado de Guanajuato filiado ao conservador Partido da Ação Nacional (PAN) querem proibir o aborto em caso de gravidez resultante de estupro.

"Antes dos pedidos de cerca de 40 grupos de defesa dos direitos das mulheres, decidimos levar as reformas para uma outra direção (diferente da adotada em Guanajuato)", disse Robles.

Teoricamente, a lei federal permite o aborto para mulheres que ficaram grávidas após serem estupradas, apesar de o procedimento se ver constantemente impossibilitado na prática.

No país, 11 Estados permitem o aborto em caso de risco para a saúde da mãe. Outros oito permitem o procedimento para defeitos congênitos do feto, afirmou Robles.

Sinopse preparada por Reuters Health

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