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Gestantes Terão Acesso a Testes Rápidos para Aids e Sífilis

O Ministério da Saúde fornece a partir do dia 15 de agosto para as secretarias estaduais e municipais de saúde os primeiros 200 mil testes rápidos para Aids e para sífilis. Os testes são indicados para situações de emergência e serão usados principalmente por gestantes. O objetivo é diagnosticar antes do parto as mulheres com HIV ou sífilis para que possam receber o tratamento que reduz a transmissão dessas doenças para os recém-nascidos.

É a primeira vez que o Ministério da Saúde vai oferecer esse tipo de teste, que em 15 minutos dá o resultado e não exige laboratório para ser feito. Até o final do ano, o ministério espera distribuir 600 mil testes.

As mulheres portadoras de HIV que não fizeram o exame no pré-natal e se submeteram ao teste rápido serão tratadas com o AZT durante o parto; já a criança, até completar seis semanas de vida. Com o tratamento momentos antes do parto as chances de a criança nascer com o vírus caem até 50%.

No caso da sífilis, o tratamento consiste em no máximo três doses de penicilina. Uma dose do remédio custa, em média, R$ 2 e o tratamento evita a sífilis congênita que pode levar desde a malformação até a morte da criança. "Como ainda é grande o número de mulheres que não fazem testes de sífilis ou Aids durante o pré-natal ou que não conseguem receber os resultados a tempo, os testes rápidos funcionam como uma boa alternativa para garantir o acesso ao tratamento, que, na prática, é uma prevenção", diz Paulo Teixeira, coordenador nacional de DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids.

Estima-se que no Brasil sejam feitos três milhões de partos por ano e que existam cerca de 13 mil gestantes infectadas pelo HIV. Para a Sífilis, a estimativa é de que 3,5% das gestantes no país sejam portadoras. O resultado dos testes convencionais podem demorar de 15 dias a três meses, dependendo da localidade do serviço de saúde e do acesso ao laboratório que faz o exame. Em contrapartida, o teste rápido é pelo menos duas vezes mais caro que o convencional.

Nessa compra, o Ministério da Saúde pagou R$ 5,40 por teste rápido para Aids - quase três vezes mais caro que o preço pago pelo governo federal na última compra do Elisa, exame utilizado na primeira etapa do fluxograma de teste convencional. "O teste rápido deve ser visto como um recurso de urgência e usado como um paliativo. O ideal é que o profissional de saúde peça o teste da Aids convencional na primeira consulta de pré-natal", lembra Paulo Teixeira.

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