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Medicamentos para reduzir o colesterol podem tratar arritmias?

18 de julho de 2003 (Bibliomed). Em pacientes que usam um aparelho de cardioversor desfibrilador implantável, o risco de desenvolver arritmias pode ser reduzido ao se usarem medicamentos redutores do colesterol. Este achado foi relatado em um novo estudo publicado na revista Journal of the American College of Cardiology de julho de 2003.

Um cardioversor desfibrilador implantável (CDI) é um aparelho implantado no tórax para monitorar e, quando necessário, corrigir episódios de batidas aceleradas do coração.

O CDI tem o seu nome à partir das duas funções que executa: primeiramente, CDI envia cargas elétricas pequenas ao coração para "reajustá-lo", quando ele estiver muito rápido. Este processo de converter um ritmo ou padrão elétrico para outro é chamado de cardioversão. Em segundo lugar, o CDI enviará uma carga mais forte para reajustar o ritmo do coração se ele começa a fibrilar em vez de bater. O ato de reajustar o ritmo cardíaco nestes casos é chamado "desfibrilação".

Não apenas pacientes com fibrilação ventricular são beneficiados com um CDI. Muitos pacientes com outros tipos de arritmias, com as taquicardias ventriculares, também podem ter nos CDIs um poderoso instrumento para controlarem o seu ritmo cardíaco.

Achados prévios demonstraram que existe uma associação entre o nível de colesterol do sangue e a mortalidade global, especialmente por doenças coronárias. Também foram notáveis as reduções na mortalidade e no risco de morte súbita ao ocorrerem reduções no colesterol total e colesterol LDL. Isto se deve em grande parte devido a drogas redutoras do colesterol como estatinas, fibratos e resinas biliares ácidas. Uma hipótese derivada destas observações era de que esta terapia anticolesterol tem um efeito antiarrítmico contra a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular (TV). Além disso, investigações prévias descobriram que a terapia de redução do colesterol resultou em um número muito menor de episódios de TV/TV reincidente em pacientes que tinham recebido um CDI.

O novo estudo divulgou resultados de centenas de pacientes portadores de CDI, divididos em grupos que usaram drogas anticolesterol e grupos que não usavam estas drogas. Os resultados demonstraram uma menor mortalidade por arritmia nos pacientes que usavam estas drogas, indicando um possível efeito de redução das arritmias pelo uso desses medicamentos.

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