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Impotência atinge 25 milhões de brasileiros, com 1 milhão de novos casos por ano

02 de Julho de 2003 (Bibliomed). Metade dos homens brasileiros com idade entre 40 e 70 anos sofre em algum grau de disfunção erétil, mas apenas 10% deles chegam até o consultório médico. Foi o que mostrou um estudo recente desenvolvido pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Fundação Oswaldo Cruz e Sociedade Brasileira de Urologia, com o apoio da Pfizer, indústria farmacêutica que fabrica o Viagra.

Mesmo com todos os avanços da sociedade e da abertura que existe hoje para se falar de sexo, o tabu ainda é grande. Os pesquisadores alertam que mais do que abdicar do prazer e contribuir para sua baixa auto-estima (queixa de 95,2% dos entrevistados), os homens que não procuram auxílio médico também podem estar correndo risco de vida, já que a impotência sexual pode ser reflexo de outras doenças graves. “A disfunção erétil é uma doença e também deve ser entendida como o sintoma ou a manifestação de uma série de doenças que só o médico é capaz de diagnosticar corretamente”, explicou o médico Celso Gromatzky, da Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da FMUSP.

O estudo mostrou que 62,4% dos homens com problemas de ereção tinham diabetes, 50,5% hipertensão, 61,4% cardiopatias, 47% colesterol elevado e 50,6% sofriam de depressão. As causas psicológicas também são fatores importantes na ocorrência da impotência sexual e podem ser responsáveis por até 70% dos casos. Os problemas orgânicos aumentam de acordo com a idade. “O envelhecimento por si só não deveria levar à disfunção erétil, isso acaba acontecendo porque com a idade os problemas de saúde são mais comuns”, explicou. Entre outros fatores que aumentam o risco estão o desemprego (que compromete a auto-estima e leva à depressão e à disfunção) e o baixo nível de escolaridade (quem tem pouca instrução costuma alimentar tabus, mitos, expectativas superestimadas sobre o desempenho sexual e ter menos acesso à informação e aos serviços de saúde).

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