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Tratamento precoce reduz risco de impotência entre diabéticos

09 de Setembro de 2002 (Bibliomed). Uma nova pesquisa sugere que os esforços para prevenção da impotência sexual, problema comum entre os homens diabéticos, podem ser mais eficazes se começarem logo após o diagnóstico da doença. "Os profissionais de saúde que tratam prematuramente o problema da função sexual de pacientes diabéticos podem ser capazes de reduzir a gravidade ou retardar o surgimento da impotência", disseram os autores do estudo à revista Diabetes Care, na edição de agosto.

Os pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston (Massachusetts), verificaram que o grupo afetado por diabetes foi duas vezes mais propenso a apresentar disfunção erétil que os voluntários não-diabéticos. O problema atingiu 45,8% dos homens com diabetes, enquanto o índice foi de 24,1% entre os membros do grupo sem doença. A incidência da disfunção erétil também foi maior entre as pessoas com diabetes tipo 1 (61,8%) que entre as afetadas pelo diabetes tipo 2 (45,2%). Nesse último grupo, o risco de impotência cresceu proporcionalmente à duração da doença. Os homens diagnosticados com diabetes tipo 2 nos dez anos anteriores à pesquisa não apresentaram um risco particular de desenvolver a disfunção erétil, mas os pacientes que tinham essa forma de diabetes há mais de 20 anos apresentaram probabilidade 70% maior de sofrer de impotência que os voluntários sem o distúrbio metabólico.

Os voluntários que, além do diabetes, apresentavam doença cardíaca ou hipertensão tiveram propensão maior a apresentar impotência: o distúrbio afetou metade desses homens, em todas as faixas etárias. Já os participantes sem diabetes nem doença cardíaca tiveram as taxas mais baixas de disfunção erétil, cerca de 17%. O estudo envolveu mais de 30 mil homens norte-americanos, com idades entre 53 e 90 anos, e foi parcialmente financiado pela Pfizer, fabricante do Viagra, droga usada contra impotência.