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26 de Junho de 2003 (Bibliomed). “Quando a família chega perto, a droga fica longe”. O alerta está no carimbo lançado essa semana pelos Correios, dentro das comemorações da V Semana Nacional Antidrogas. Na avaliação do subsecretário Antidrogas de Minas Gerais, José Elias Murad, a família é fundamental na prevenção, tratamento e reinserção social do dependente químico.
Por estar próxima do jovem, a família deve ficar atenta a mudanças bruscas de comportamento, um sinal que aparece em praticamente todos os usuários de drogas. “A sugestão é o diálogo franco, sem agressões. Tocar para fora de casa, bater ou agredir pode piorar a situação porque o dependente químico perde as referências familiares e a recaída é quase que fatal. A família deve orientar-se a respeito do problema e procurar ajuda”, disse Murad.
Trabalhando há 20 anos com jovens que se envolvem com drogas, a psicóloga Heliana Fonseca Lopes Veiga Sales conta que nos anos 80 os jovens experimentavam as drogas com 16 anos; hoje, o primeiro contato acontece em média aos 13 anos. Para a psicóloga, é importante descobrir as causas que levaram o jovem a procurar as drogas. “A causa mais comum é a curiosidade. A forma que a droga tem de seduzir é o prazer momentâneo que ela proporciona, só que depois ela provoca muito mais danos”, disse, acrescentando que a baixa auto-estima e a desestruturação familiar também são causas comuns.
Estima-se que, nas dez maiores capitais do país, 9% dos jovens com idades entre 14 e 26 anos são usuários de drogas, sendo que um quinto deles são dependentes. “Tem que cuidar da saúde física e psicológica e da questão espiritual, sem terrorismo, com uma linguagem que ele entenda. Não se deve nem subestimar nem superestimar a droga”, defendeu Heliana.
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