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Surto de malária preocupa autoridades sanitárias de Minas

12 de Maio de 2003 (Bibliomed). Um surto de malária no distrito de Souza, a 62 quilômetros de Belo Horizonte, está preocupando as autoridades sanitárias de Minas Gerais. Apenas na primeira semana deste mês, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou 12 casos da doença e 22 suspeitos de contaminação, o que caracteriza um quadro de epidemia no distrito, que possui cerca de 2 mil habitantes.

A malária é uma febre provocada pelo protozoário Plasmodium, transmitido pela fêmea do mosquito Anopheles, um tipo de pernilongo vulgarmente conhecido como “muriçoca”, que se alimenta de sangue humano. O macho do mosquito se alimenta de néctar vegetal e não transmite a doença. O mosquito transmissor é comum em todo o Estado, mas só passa a vetor da malária se picar alguém doente. Os principias sintomas da doença são febre, calafrios e desânimo. Embora de tratamento relativamente simples, se não cuidada, pode levar à morte.

Segundo informações de moradores de Souza, dois homens do lugarejo teriam ido pescar no Mato Grosso no feriadão de abril, quando teriam sido infectados. A partir de então, a doença começou a se espalhar na região, graças à grande quantidade de muriçocas que existe na região. No entanto, não se descarta a possibilidade dos casos serem autóctones (o parasita ter surgido no local).

Para tentar controlar a situação, cerca de 1,2 mil litros do inseticida Cipermetrim foram borrifados em várias casas do distrito pelos técnicos do Departamento de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde. Além do combate ao mosquito transmissor através de produtos químicos e larvicidas, é preciso impedir sua picada, com repelente, roupas de mangas compridas, cortinados e telas nas portas e janelas, além de ingerir alimentos ricos em vitamina B1, à base de tiamina (cereais integrais, carnes em geral, sementes oleaginosas) e alho. Também é importante evitar o desmatamento e desassoreamento, que propiciam a migração dos mosquitos silvestres para o meio urbano.

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