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Meninas preocupadas com o peso fumam mais, diz estudo

28 de Abril de 2003 (Bibliomed). As adolescentes preocupadas com a balança têm mais probabilidade de começar a fumar. Pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, e de Okayama, no Japão, descobriram que há uma ligação direta entre o fumo e o desejo de ser magra em garotas jovens: aquelas que mais querem emagrecer também são as que têm mais probabilidade de fumar, enquanto as que não estão preocupadas com o peso são as que têm menos probabilidade de desenvolver o hábito.

Os resultados foram baseados em duas pesquisas telefônicas realizadas com 273 meninas de Massachusetts, com idades entre 12 e 15 anos. Na primeira pesquisa, feita em 1993, perguntou-se às jovens o valor que elas davam à magreza. Na segunda pesquisa, quatro anos mais tarde, perguntou-se a elas se tinham começado a fumar. Quase uma em cada quatro meninas tinha começado a fumar. Daquelas que fumavam, 93% consideravam importante ser magra. Entre as que não fumavam, essa quantidade era de apenas 7%.

Poucas garotas disseram acreditar que o fumo as ajudava a se livrar de quilos a mais, mas para os pesquisadores mudar a percepção das meninas sobre a magreza poderia ajudá-las a não começar a fumar. “Deveríamos prestar atenção aos fatores sociais que fazem as garotas ver a magreza como um valor positivo e deveríamos interferir em fatores que influenciam a percepção da importância de ser magro de forma a melhorar a saúde das adolescentes”, disseram os cientistas em um artigo publicado no jornal especializado Tobacco Control.

Os jovens sempre foram alvo de campanhas contra o fumo porque a dependência à nicotina se instala mais fácil e fortemente na adolescência e é responsável por aproximar esses jovens de outras drogas ilícitas. No mundo, existem 1,1 bilhão de fumantes, sendo que 4 milhões morrem a cada ano por causa de doenças relacionadas ao tabagismo. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30 milhões de brasileiros fumam.

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