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Investimento em saneamento diminui mortalidade infantil entre índios

18 de Março de 2003 (Bibliomed). Dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) indicam melhoria do saneamento básico nas comunidades indígenas e a conseqüente queda na mortalidade infantil entre os índios. Em 2000, eram 94 óbitos para cada grupo de mil crianças indígenas menores de um ano. No ano passado, dados preliminares revelam queda de 43,4% no índice, que passou para 53,2 mortes por mil.

A melhoria no saneamento foi uma das principais responsáveis por essa redução no número de óbitos entre as crianças indígenas. Nos últimos quatro anos, foram construídos sistemas alternativos de abastecimento de água e melhorias sanitárias domiciliares (instalação de vaso sanitário, tanque, pia, chuveiro e fossa) em 1.342 aldeias, beneficiando 193.173 índios. Em 2003, serão iniciadas obras de melhorias sanitárias em 643 aldeias, abrangendo uma população de 110.880 indígenas.

Entre 2000 e 2002, foram capacitados 660 Agentes Indígenas de Saneamento (Aisan) para monitorar e operar os sistemas alternativos de água e esgoto construídos nas aldeias. Eles também orientam a comunidade sobre os benefícios do saneamento.

Outra experiência que contribuiu para a queda na mortalidade infantil foi a cloração simples da água para consumo humano, que ajuda a diminuir doenças como verminoses e diarréias. O projeto-piloto foi desenvolvido no Rio Grande do Sul, beneficiando 5,6 mil índios de 12 aldeias das etnias Kaigang e Guarani. Outro projeto-piloto evitou que as crianças indígenas adoecessem no Paraná utilizando o sal de cozinha na cloração da água, em 15 aldeias com 5.971 indígenas. Outras dez aldeias estão implementando o novo sistema, que beneficiará uma população de 2.608 pessoas.

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