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Ministério da Saúde comemora taxa de mortalidade infantil zero em aldeias indígenas

02 de Julho de 2002 (Bibliomed). A marca pode não parecer uma grande vitória, mas é significativa para o povo brasileiro. Desde a época da colonização, os índios se viram obrigados a deixar suas terras, foram dominados, catequizados, tiveram que modificar sua cultura. Isso gerou grandes seqüelas na saúde dos índios, inclusive a ocorrência de elevados índices de mortalidade e quase a extinção de alguns povos.

Recentemente, técnicos que trabalham com saúde indígena tiveram o que comemorar. Um levantamento entregue ao Ministério da Saúde mostrou que a mortalidade infantil em aldeias dos índios Tupiniquim e Guarani, localizadas na região do Espírito Santo, foi reduzida a zero no ano de 2001. Todas as 63 crianças nascidas naquele período sobreviveram e apresentam crescimento e desenvolvimento considerado normal para a idade.

Existem, atualmente, seis aldeias localizadas no município de Aracruz, no litoral do estado do Espírito Santo onde foi realizado o estudo. Nas tribos Tupiniquim e Guarani moram aproximadamente 1.995 índios (dados oficiais de 2001). O Ministério da Saúde possui um programa especial de assistência à população indígena. Nos últimos quatro anos, o governo federal investiu cerca de R$ 390 milhões nas ações desenvolvidas em todo o país. Em 2000, foram destinados R$ 62,4 milhões para o programa de atenção às tribos indígenas. No ano passado, foram empregados cerca de R$ 190 milhões. Apesar dos investimentos, líderes indígenas vêm criticando o trabalho desempenhado pelo Ministério da Saúde em algumas regiões.

Entre outros serviços prestados pelo Ministério da Saúde nas principais tribos brasileiras podem ser citados a assistência materno-infantil, o programa de combate à desnutrição, o controle de enfermidades infecto-parasitárias (por exemplo, a malária, a tuberculose, infecções respiratórias e verminoses) e a imunização permanente da população indígena.

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