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Teste da orelhinha reduz danos futuros causados pela deficiência auditiva

17 de Fevereiro de 2003 (Bibliomed). O diagnóstico precoce de deficiência auditiva e a intervenção até os seis meses de idade podem reduzir substancialmente os prejuízos para a criança, ajudando no desenvolvimento da função auditiva da linguagem e permitindo sua integração social, explica a fonoaudióloga Jane Marçola, do Hospital e Maternidade Rudge Ramos, um dos poucos endereços no Grande ABC especializado no assunto. “A avaliação é feita por meio de um exame de emissões otoacústicas, conhecido como teste da orelhinha. É um exame externo, indolor e rápido, que pode ser complementado com avaliação do comportamento auditivo, responsável em analisar as reações do recém-nascido aos sons”, conta.

A especialista explica que o objetivo do teste não é avaliar o grau da perda auditiva do bebê, mas detectar possíveis alterações que, se diagnosticadas em tempo, aumentam as chances de intervenção. A partir do sexto mês de vida, a criança deficiente auditiva pode usar um aparelho de amplificação do som, que melhora a capacidade auditiva e, associado à intervenção fonoaudiológica, minimiza os prejuízos causados pela deficiência. “Esses prejuízos poderiam ser menores se a triagem auditiva fosse obrigatória em todas maternidades do país”, defende a especialista.

Alguns municípios já adotam o exame como regra, mas são ainda muito poucos na opinião da fonoaudióloga. A Câmara dos Deputados discute um projeto de lei que obriga o exame em recém-nascidos em todo território nacional. Além do fator hereditário, a deficiência auditiva pode ser causada por inúmeros fatores, como a rubéola durante a gestação.

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