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Psiquiatras apóiam adoção de crianças por homossexuais

19 de Dezembro de 2002 (Bibliomed). O assunto é polêmico, mas vem conseguindo o apoio de várias entidades. Na última semana, foi a vez da Associação Psiquiátrica Americana (APA) declarar que apóia as iniciativas que permitem que casais homossexuais adotem crianças, e que defende todos os direitos, benefícios e responsabilidades advindos dessa adoção.

“Pesquisas dos últimos 30 anos demonstram de forma consistente que crianças criadas por pais gays ou por casais de lésbicas não exibem diferenças nos campos emocional, cognitivo, social e sexual em relação a filhos criados por heterossexuais”, disse o grupo, que representa 38 mil profissionais da área de saúde mental dos Estados Unidos. Os estudos também demonstraram que a atenção dada aos filhos e o comprometimento dos pais com a sua criação - e não a orientação sexual - são fatores decisivos para que a criança se torne um adulto estável e saudável.

Muitos estados norte-americanos ainda proíbem a adoção por parceiros do mesmo sexo, o que faz com que apenas um dos parceiros tenha ligação legal com o filho adotivo. Segundo a APA, esse tipo de legislação pode ter reflexos de ordem prática e emocional no bem-estar da criança. A entidade ressalta que, com a adoção completa pelos dois parceiros, as crianças poderiam ser beneficiadas pelo seguro saúde de ambos os pais, ter acesso a cuidados médicos, benefícios após a morte, direitos de herança e apoio dos dois membros do casal em caso de separação.

Além da Associação Psiquiátrica Americana, outros grupos importantes que representam profissionais da área de saúde nos Estados Unidos já se declararam a favor do reconhecimento legal das uniões homossexuais e do direito à adoção, entre eles a Academia Americana de Pediatria, a Associação Americana de Psiquiatras de Crianças e Adolescentes e a Associação Americana de Médicos Familiares.

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