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02 de Setembro de 2002 (Bibliomed). O café tem sido alvo de inúmeros estudos, que buscam sua ligação com câncer, cardiopatia e infertilidade. De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, "uma ampla maioria de estudos concorda que não há uma associação conclusiva na relação do café com câncer na bexiga, mama, pulmão, pâncreas, próstata, entre outros tipos". Mas, no dia 27 de agosto, pesquisadores da revista de ecologia alemã Oeko-Test disseram que encontraram no café indícios de acrilamida (substância que pode causar câncer em animais) em todas as dez marcas de expresso e 24 tipos de grãos de café testados.
O teste detectou que a substância também estava presente em café passado, apesar de ter sido encontrado em quantidade bem menor do que nos grãos. "Já se sabia que havia acrilamida em grãos de café. Nós queríamos saber quanto havia numa xícara de café", disse a editora da Oeko-Test, Hella Hansen. Segundo o chefe da Federação Alemã de Café, Winfried Tigges, a acrilamida não está presente no grão de café cru. Tigges explicou que a substância se forma depois que o café é torrado, e que os produtores já estão buscando formas de produzir café sem que haja a formação da substância.
Tanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) disseram que a acrilamida representa uma preocupação, mas ressaltaram que são necessários mais estudos para verificar os efeitos em humanos, uma vez que as informações disponíveis atualmente não são suficientes para calcular o impacto da substância na saúde pública. A OMS sugeriu apenas que todos tenham uma dieta variada e balanceada, limitando o consumo de alimentos fritos e com gordura. No início do ano, cientistas suecos lançaram um alerta mundial ao anunciar que encontraram níveis altos de acrilamida em alimentos ricos em carboidratos, como batatas e cereais, fritos ou assados.
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