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Um novo caso de hanseníase é registrado no Brasil a cada 12 minutos

09 de Julho de 2002 (Bibliomed). O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia. A incidência da doença no país é três vezes maior que a Aids, sendo que 43 mil novos casos da doença são registrados a cada ano. Os estados brasileiros com maior número de casos são o Maranhão e o Rio de Janeiro. O alerta é do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), uma organização não-governamental que há onze anos vem tentando acabar com o preconceito da população em relação à doença, que tem cura e deixa de ser transmitida assim que a pessoa inicia o tratamento.

O Morhan oferece apoio na identificação de casos, presta informações básicas sobre a doença e indica postos de tratamento, através do telefone 0800-262001. A ligação é gratuita para todo o país e o serviço funciona de segunda a sexta, das 8 às 22 horas, e aos sábados, das 8 às 17 horas. O atendimento no “telehansen” é feito por voluntários, como o cantor Ney Matogrosso e os atores Ney Latorraca e Solange Couto. O trabalho tem o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas (ONU) e faz parte de um conjunto de ações que buscam detectar e curar todos os casos remanescentes de hanseníase no mundo até 2005.

Também conhecida como lepra, a hanseníase é uma doença que afeta principalmente a pele e os nervos. Ela é causada por uma bactéria e transmitida através do contato com pessoas infectadas sem tratamento. Quando diagnosticada e tratada na fase inicial, a doença não causa deformidades. Por isso, as pessoas devem ficar atentas a qualquer mancha no corpo insensível ao calor, tato ou dor. O tratamento deve ser iniciado imediatamente, com medicamentos que podem ser encontrados gratuitamente nos postos de saúde de todo o país.

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