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Doenças identificadas pelo Teste do Pezinho terão tratamento gratuito

11 de Junho de 2002 (Bibliomed). Mães que sofrem diante da detecção de algumas doenças graves em seus recém-nascidos contarão com apoio do governo federal para o financiamento de medicamentos. O Ministério da Saúde anunciou a garantia do tratamento de doenças identificadas na triagem neonatal mediante a realização do Teste do Pezinho. Serão beneficiadas crianças portadoras de fibrose cística, fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e hemoglobinopatias. Estima-se a existência de aproximadamente 57 mil crianças acometidas por essas doenças. O anúncio é considerado uma vitória para muitas entidades de pais e pacientes.

A aquisição dos medicamentos será realizada por meio de repasse financeiro do Sistema Único de Saúde para as secretarias estaduais de saúde, que ficarão responsáveis pelo cadastramento de pacientes após resultado positivo do teste. Os gastos estimados para a compra dos remédios são de aproximadamente R$ 12,4 milhões anuais.

O Ministério da Saúde abriu consulta pública destinada aos médicos e especialistas para que indiquem sugestões terapêuticas e medicamentos a serem adotados pela rede pública no tratamento dessas doenças. O prazo para envio de sugestões é de 60 dias. Informações podem ser obtidas no site www.funasa.gov.br.

A garantia do tratamento dessas doenças reforça a importância do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) criado este ano. Sua função principal é buscar a detecção precoce dessas doenças antes mesmo que os sintomas apareçam. Essa ação contribui para a melhoria de qualidade de vida das crianças portadoras e reduz índices de internações.

Centros de saúde e maternidades pertencentes às redes estaduais de triagem neonatal devem receber nos próximos dias exemplares do Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais elaborado pelo PNTN. O objetivo é uniformizar a assistência nesses casos.

O Teste do Pezinho é simples e serve para identificar a ocorrência de doenças graves. Os pacientes precisam de acompanhamento sistemático. É retirada uma gota de sangue do calcanhar do bebê, preferencialmente após o segundo dia de vida da criança. O governo federal pretende garantir o acesso ao teste para todos os recém-nascidos vivos do País, algo em torno de 2,5 milhões anualmente.

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