Notícias de saúde
16 de Abril de 2002 (Bibliomed). Se o ginecologista italiano Severino Antinori não estiver blefando, o primeiro clone humano poderá nascer em novembro. A notícia, divulgada no início deste mês pelo jornal “Gulf News”, deixou em polvorosa cientistas, políticos e religiosos de todo o mundo. Especialistas passaram as duas últimas semanas discutindo os riscos da clonagem para o bebê, como má-formação, desenvolvimento de células cancerígenas, envelhecimento precoce etc.
Agora os olhares se voltam também para a suposta mãe do clone. Mesmo se o bebê nascer sadio – o que parece impossível para a maioria dos cientistas -, a mãe correrá sério risco de desenvolver uma forma rara de câncer genital invasivo, o coriocarcinoma. O alerta foi dado por Richard Gardner, especialista em técnicas de clonagem da Britain Royal Society, em entrevista publicada no último sábado pela revista britânica “New Scientist”.
Segundo o cientista, o tumor maligno se desenvolve no útero a partir da placenta e tende a se disseminar rapidamente através do sangue, provocando metástases. Suas causas são desconhecidas, mas pesquisadores defendem a hipótese de que a chave da doença pode estar ligada à má regulação dos genes que controlam o crescimento da placenta.
Não se sabe quem seria a mãe do clone humano. Antinori não teria revelado o nome nem a nacionalidade da gestante. Teria dito apenas que ela se submeteu a um tratamento de reprodução assistida, ao lado de quase cinco mil casais. O jornalista Giancarlo Calzolari, amigo do cientista italiano, afirmou à “New Scientist” que a clonagem é verídica, foi realizada em um país muçulmano e ainda que o bebê é clone de “uma personalidade importante e rica”.
A notícia, no entanto, não foi confirmada por Antinori, nem por seu sócio, o cientista norte-americano Panos Zavos. Sabe-se apenas que em dezembro passado eles disseram que planejavam clonar um ser humano até o final de 2003.
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