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Ministério da Saúde incentiva trabalhos com população usuária de drogas injetáveis

Belo Horizonte, 03 de Janeiro de 2002 (Bibliomed). O Ministério da Saúde pretende ampliar as ações municipais de implantação do Programa de Redução de Danos, que desenvolve um trabalho de aproximação de médicos aos usuários de drogas injetáveis. O objetivo é reduzir as conseqüências do uso contínuo de drogas.

O governo acredita que o programa de redução é uma forma eficaz para impedir a disseminação de algumas doenças, entre elas a Aids. Dentro do programa é prevista a distribuição de um kit que inclui seringas e agulhas descartáveis para usuários de drogas injetáveis.

Atualmente, cerca de 90 cidades brasileiras adotam programas de redução de danos. Mesmo assim, o Ministério da Saúde estima que nem 5% dos usuários de drogas injetáveis estejam acolhidos pelos programas existentes.

O Programa de Redução de Danos não prevê a abstinência do usuário e nem a interrupção imediata do uso dessas drogas, mas procura um contato mais próximo com essa população para possibilitar a redução dos riscos de transmissão de doenças.

Os kits, com seringas e agulhas descartáveis, preservativos, lenços antissépticos e copos para diluir cocaína, custam por usuário atendido cerca de US$ 29/ano. Já um doente de Aids custa aos cofres públicos US$ 2.300/ano.

Em 1991, cerca de 25,1% dos casos de Aids no Brasil estavam relacionados ao uso de drogas injetáveis. O último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde (2001) indicou uma queda para aproximadamente 9,1%. A primeira experiência brasileira de adoção do Programa de Redução de Danos aconteceu, há sete anos, no município de Santos (SP).

A Organização das Nações Unidas (ONU) também se preocupa com a transmissão do vírus HIV pelos usuários de drogas injetáveis. Em 2001, o maior índice de contaminação da doença ocorreu no Leste Europeu, com cerca de 250 mil novos casos de Aids, segundo relatório da ONU. A maioria das pessoas infectadas era usuária de seringas contaminadas.

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