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Um em Cada Quatro Usuários Heroína é Infectado Pela Hepatite C

NOVA YORK (Reuters Health) - Um em cada quatro usuários de drogas injetáveis em Chicago está infectado pela hepatite C, virus associado ao aumento do risco de cirrose e câncer de fígado, informaram pesquisadores.

Quanto maior a frequência e o tempo em que a pessoa usa drogas injetáveis, maior o risco de se infectar, de acordo com estudo realizado com 700 usuários de drogas injetáveis entre 18 e 30 anos de idade, na maioria dependentes de heroína.

As pessoas que usam drogas entre um a quatro anos têm três vezes mais possibilidades de estar infectadas que os usuários dependentes há menos de um ano. Quem usa drogas há mais de quatro anos é dez vezes mais propenso a ser portador do vírus.

Quem usa drogas injetáveis diariamente têm risco três vezes maior de contrair o vírus da hepatite C que os que usam drogas com menos frequência, segundo artigo publicado no The Journal of Infectious Diseases.

No total, 27 por cento dos participantes do estudo foram infectados pelo vírus. Brancos e hispânicos foram mais suscetíveis a ser infectados que afro-americanos. "Um descoberta significativa neste estudo foi que mais de um terço dos exemplos incluiu jovens brancos suburbanos", escreveu Lorna Thorpe que realizou o estudo na Universidade de Illinois com a equipe do Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em Atlanta (Geórgia).

Infelizmente, a maioria dos usuários de drogas injetáveis não estavam atentos ao risco do vírus da hepatite C.

"Em nossa experiência, a maioria dos jovens usuários de drogas injetáveis são, na melhor das hipóteses, vagamente conscientes sobre o risco da infeção por hepatite C, mas são motivados a evitar infecção à medida que a consciência aumenta", observou Thorpe.

Certas práticas podem aumentar o risco de infecção como compartilhar agulhas ou injetar drogas vindas de outra seringa, "com o objetivo de medir e dividir" a droga.

"Os esforços para prevenção deveriam ter como alvo as populações urbanas e suburbanas, deveriam estar centrados em reduzir as práticas de risco, divulgação de material educativo, além de promover uma vacinação contra hepatite A e B", concluíram os autores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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