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Pesquisa da Unesp sobre dengue é testada em Sorocaba

Belo Horizonte, 03 de Dezembro de 2001 (Bibliomed). A Secretaria Municipal de Sorocaba, localizada a 92 quilômetros de São Paulo, decidiu testar, na prática, os resultados de uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Agentes de saúde que trabalham no combate à dengue vão orientar a população no uso de borra de café como instrumento de controle da doença.

A pesquisa da universidade paulista mostrou que a sobra do pó usado para fazer café é eficiente inseticida natural contra o transmissor da dengue, o pernilongo Aedes aegypti. Grande parte das larvas do pernilongo, quando em fase de desenvolvimento, é destruída após o uso de meio copo de água com duas colheres de borra de café.

O interessante dessa aplicação, identificada pela bióloga Alessandra Laranjeira, é que a mistura não é tóxica para plantas ou animais domésticos, nem possui o inconveniente dos químicos organofosforados presentes na areia, que é colocada nos vasos de plantas com água parada onde o inseto pode se reproduzir. Outra vantagem é sua utilidade em casos de resistência do inseto aos químicos usados atualmente no controle da dengue. A borra de café deve ser trocada todas as semanas.

A cidade de Sorocaba ainda não registrou casos autóctones de dengue (de infecção na área geográfica) entre moradores do município. Nos 13 casos confirmados da doença na cidade, os pacientes contaminaram-se durante viagens a outras regiões do País. Em 48 municípios vizinhos a Sorocaba, foram registrados 34 casos de dengue, sendo somente seis de infecção na cidade de moradia do paciente.

A dengue é transmitida pelo pernilongo Aedes aegypti, que possui patas rajadas em preto e branco, sendo conhecido como mosquito-palha em algumas regiões do Brasil. A pessoa infectada pelo vírus da dengue sente febre, dores de cabeça e nos olhos, profundo desânimo e cansaço. Alguns casos podem apresentar hemorragias nas mucosas (gengivas e nariz) e manchas vermelhas na região do braço. Esses casos, especialmente, devem ser acompanhados por médicos de centros de saúde. O paciente não pode fazer o uso de ácido acetilsalicílico.

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