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Plano quer reduzir ocorrência da dengue em todo o País

Belo Horizonte, 07 de Novembro de 2001 (Bibliomed). O avanço da dengue no País preocupa as autoridades, que já admitem a possibilidade de epidemias em diversos municípios no ano que vem. A Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) divulgou que mais de 15 mil casos foram registrados em 70 municípios desde o início do ano. Os números são mais significativos em Ribeirão Preto e Barretos, que juntos já registraram 6 mil casos.

As cidades de Guaíra e de Jardinópolis também despertam a atenção dos órgãos de saúde. Juntas, elas têm cerca de 3 mil registros. Em Ituverava, com cerca de 200 casos, e São Carlos, com quase 50, as notificações também cresceram nos últimos meses. A região teve quatro casos de dengue hemorrágica, com um óbito.

No Pará, secretarias municipais e de Estado vão receber R$ 9,4 milhões do Plano de Intensificação das Ações para Controle da Dengue (PIACD) para aplicar em medidas que consigam reduzir os casos da doença. Desse dinheiro, cerca de R$ 6 milhões serão destinados à contratação e capacitação de equipes. Pouco mais de R$ 3 milhões servirão para a compra de equipamentos e R$ 350 mil para a aquisição de insumos usados no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

No ano passado, o Pará registrou 6,7 mil casos de dengue. Este ano, até setembro, cerca de 9 mil casos já tinham sido registrados, a maior parte na Região Metropolitana de Belém. O PIACD orientou os municípios a priorizar ações educativas de saúde e políticas de mobilização social. A maior parte dos focos de larvas do Aedes está nos domicílios.

A meta do PIACD é reduzir os casos pela metade até o fim do ano que vem. Ao todo, o Plano deve receber investimentos de R$ 269,2 milhões, que serão gastos principalmente em 624 municípios.

Serão contempladas todas as capitais e regiões metropolitanas com mais de 50 mil habitantes. Apenas na Amazônia Legal, que inclui nove estados, há 107 municípios considerados prioridade. O plano também prevê a redução da infestação e da letalidade pela forma hemorrágica da doença.