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Belo Horizonte, 30 de Outubro de 2001 (Bibliomed). Estudar, aprender línguas, praticar esportes. O excesso de atividades a que estão sendo submetidas crianças de todas as idades está antecipando nelas o surgimento de algumas doenças como a enxaqueca, antes considerada um problema de adulto.
Uma pesquisa recente realizada pelo neuropediatra Sérgio Henrique Veiga constatou que o acúmulo de tarefas e a grande responsabilidade que as crianças estão tendo desde muito pequenas são os grandes responsáveis pelo aparecimento da enxaqueca.
Ele avalia que o excesso de deveres a cumprir – como ir à escola desde muito cedo, falar inglês e espanhol e ser um atleta de plantão –, e o alto nível de cobrança dos pais e professores pode ser o detonador da enxaqueca infantil. Apesar de crianças com até 3 anos poderem sofrer do mal, a maior freqüência de casos do problema ocorre na fase escolar.
Embora o quadro seja grave, a solução é simples e consiste, basicamente, em diminuir as atividades e as responsabilidades das crianças. É preciso que elas voltem a ter tempo para não fazer nada, para viver os momentos lúdicos da infância dedicando grande parte do seu dia apenas às brincadeiras. Se as providências não forem tomadas, o problema pode se agravar no futuro.
Ainda sem causas específicas, sabe-se que a enxaqueca pode ser gerada por fatores hereditários, emocionais ou alimentares. A dor muito forte pode vir acompanhada de vômitos, tonturas, alterações visuais e emocionais.
As dores aparecem periodicamente. Os medicamentos só devem ser administrados sob orientação médica e só é possível haver cura aliando medicamento e melhoria da qualidade de vida da criança. Também é preciso adotar uma dieta adequada, evitando-se principalmente, alimentos gordurosos.
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