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Cólera: uma doença presente na Rússia e no Brasil

Belo Horizonte, 30 de Outubro de 2001 (Bibliomed). A cidade de Kazan, capital da República Russa de Tatarstão (região central) vive um surto de cólera. Muitas pessoas foram hospitalizadas, há mais de cem casos suspeitos e um homem de 40 anos morreu com sintomas similares aos da doença. O ministério russo de Situações de Emergência confirmou, através de exames laboratoriais, o diagnóstico em mais de 50 pessoas.

O vibrião colérico é o responsável pela doença, que provoca no homem diarréia e vômitos, podendo levar à desidratação. A transmissão ocorre, principalmente, através da ingestão de água e alimentos contaminados por fezes e/ou vômitos do doente. Os alimentos e utensílios podem ser contaminados pela água e por moscas.

A doença propaga-se com mais facilidade em localidades com situações precárias de saneamento. O Brasil, que já viveu grandes epidemias de cólera, apresenta, atualmente, surtos localizados, principalmente em pequenas cidades do Nordeste, onde há dificuldade de acesso à água tratada e deficiência de esgotamento sanitário.

No ano de 1993, no entanto, a doença alastrou-se por diversos estados brasileiros. Houve a contaminação de 60.340 pessoas. Os esforços do sistema de saúde conseguiram reduzir esses valores em mais de 13 vezes (92%), no ano seguinte. A distribuição de hipoclorito de sódio, o monitoramento das bacias hidrográficas da região Nordeste e ações de abastecimento de água contribuíram para a diminuição drástica de casos.

Em 2000, a cólera apresentou uma redução importante, tanto no número de casos, como na área geográfica em que se manifesta. Foram registrados apenas 753 casos, atingindo principalmente dois estados da região Nordeste, Pernambuco e Alagoas, o que determinou uma diminuição significativa em relação a 1999, algo em torno de 83,7%.

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