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Aids ameaça índios, usuários de drogas e idosos

Belo Horizonte, 24 de Setembro de 2001 (Bibliomed). Apesar dos programas de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e Aids atingirem 80% da população indígena do País, a contaminação das etnias preocupa os especialistas. Dos 350 mil índios brasileiros, há registros de 36 casos de contaminação pelo vírus HIV nas aldeias. O índice é considerado baixo, mas já deixa as autoridades em estado de alerta. Os programas preventivos são executados em parceria pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Além dos índios, outros grupos também preocupam os órgãos que desenvolvem programas de combate a Aids, como os garimpeiros e profissionais do sexo.

O Ministério da Saúde quer buscar o equilíbrio entre a prevenção e o tratamento nas ações contra a doença. Os jovens, sobretudo os usuários de droga, também estão na lista de preocupações das autoridades. Prova disso, é que usuários e ex-usuários de drogas de todos os continentes, que trabalham em prevenção à Aids em seus países, estiveram presentes no 4º Congresso Brasileiro de Prevenção em DST/Aids, realizado recentemente em Cuiabá. O controle do uso de drogas entre a população jovem e a incorporação do programa de troca de seringas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foram questões amplamente debatidas.

A Aids entre os idosos também sugere a necessidade de programas específicos para este grupo. No ano passado, foram registrados 202 casos da doença em pessoas com mais de 60 anos. Em muitos casos, a doença é confundida com outros problemas, já que os médicos nem sempre pedem o teste anti-HIV por acreditar que os pacientes nesta faixa etária não tenha vida sexual ativa. Para este grupo, a falta de informação e os preconceitos na hora de usar o preservativo ou assumir a infidelidade ainda são grandes. A redução dos casos só deve ser observada quando a doença deixar de ser negligenciada e todos os idosos forem informados dos riscos de contrair Aids.

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