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Um terço da população brasileira é fumante

Belo Horizonte, 19 de Setembro de 2001 (Bibliomed). Nada menos que um terço da população adulta do Brasil faz uso do cigarro. Desta população de fumantes, 11,2 milhões são mulheres e 16,7 milhões são homens. Cerca de 90% dos fumantes se tornam dependentes da nicotina entre os cinco e os 19 anos de idade.

O alerta foi feito pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). O diretor da instituição, Jacob Klingerman ressalta que o consumo de tabaco atingiu a proporção de uma epidemia global que, hoje, mata mais do que a Aids, cocaína, heroína, acidentes de trânsito e suicídio, juntos.

Segundo Klingerman, é na adolescência que começa a dependência à nicotina. Atualmente, existem no Brasil cerca de 2,4 milhões de fumantes nessa faixa etária.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já tem registro de mais de 60 mil pesquisas publicadas e reproduzidas em diversos lugares do mundo comprovando a relação causal entre o consumo de cigarro e o surgimento de doenças graves.

A cada ano morrem quatro milhões de pessoas em todo o mundo por causa dos produtos derivados do tabaco. O fumo é responsável por doenças graves como câncer de pulmão (90% dos casos), enfisema pulmonar (80%), infarto do miocárdio (25%), bronquite crônica e derrame cerebral (40%). Números assustadores levando-se em conta que estas doenças e mortes poderiam ser evitadas, bastando para isso parar de fumar.

Os fumantes passivos como são chamados as pessoas que não fumam mas ficam expostas a fumaça do cigarro, também têm risco de adquirir doenças causadas pelo tabaco. Em uma sala ventilada junto com um fumante, ele chega a fumar indiretamente 30% do cigarro e, se a sala estiver fechada, esse número sobe para 50%.

O tabaco também é o principal fator de risco para as doenças do coração. Os fumantes possuem dez vezes mais chances de sofrer um infarto em comparação com as pessoas que não têm vício.