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Falar ao telefone e dirigir, ao mesmo tempo exige muito do cérebro

Belo Horizonte, 13 de Agosto de 2001 (Bibliomed). Quem pensa que é possível dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo, sem prejuízo a alguma dessas ações, engana-se. Cientistas da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, realizaram um estudo que comprova que o cérebro tem um espaço limitado para as tarefas que exigem atenção.

O doutor Marcel Just, diretor do Centro de Imagem da referida universidade, demonstrou que a atividade cerebral não é duplicada quando as pessoas fazem duas atividades ao mesmo tempo.

Recentemente, tem sido possível mapear as áreas envolvidas em multitarefas, como processar sentenças, compreender parágrafos, formular estratégias, avaliar incertezas, planos, etc. Entretanto, usando técnicas de neuro-imagem, o doutor Marcel Just observou que a eficácia da atividade mental dedicada à tarefa cai porque o cérebro tem uma capacidade finita para atividades que exijam muita atenção.

Embora o estudo não tenha envolvido diretamente as pessoas que falam ao celular dirigindo, o modelo é considerado apropriado pelos pesquisadores para que se faça comparações. O doutor Christof Koch, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, concorda com a metodologia da pesquisa. Com as técnicas disponíveis no momento, é possível detectar as áreas do cérebro que se tornam ativas em determinadas circunstâncias.

A unidade que mede o volume do tecido nervoso que está funcionando em determinado momento é denominada de voxels. A área visual, por exemplo, pode executar duas tarefas ao mesmo tempo. Isso, no entanto, não acontece quando estão envolvidas duas áreas diferentes do cérebro, principalmente, quando estão competindo por um mesmo “espaço” no cérebro. Neste caso, a quantidade de voxels é limitada e não duplica.

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