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O Tratamento da Depressão Ajuda Pacientes Vítimas de Derrame Cerebral

Por Penny Stern, MD, MPH

NEW YORK, (Reuters Health) – Enfrentando incapacidade física e mental após um derrame cerebral, muitos pacientes desenvolvem depressão. Pesquisadores dos EUA e Japão relatam que o uso de um antidepressivo para tratar a depressão pós-derrame freqüentemente mostra um benefício inesperado, além de aliviar a depressão, os pacientes mostram uma melhora nas habilidades mentais prejudicadas pelo derrame.

Em um estudo, publicado na Stroke: Journal of the American Heart Association, o Dr. Roberto G. Robinson da University of Iowa em Iowa City e colaboradores avaliaram dados coletados de pacientes com derrame que foram tratados para depressão.

“Pela primeira vez, nós demonstramos que o tratamento da depressão após o derrame melhora a recuperação dos déficits intelectuais associados ao derrame”, explicou o Dr. Robinson à Reuters Health.

Mesmo já tendo havido outros estudos que enfocaram esta questão, “três ensaios clínicos anteriores mostraram que a depressão pós-derrame pode ser efetivamente tratada com antidepressivos mas não conseguiram mostrar melhora significativa na função intelectual”, nosso estudo analisou os dados de uma forma diferente observando os pacientes que responderam ao tratamento comparados aos que não responderam.

Os pesquisadores determinaram que aqueles pacientes que responderam ao medicamento antidepressivo apresentaram melhores resultados em testes de função mental.

Para o Dr. Robinson, “este estudo sublinha a necessidade de identificação da depressão maior entre vítimas de derrame. A depressão deve ser identificada tão logo quanto possível, isto é, dentro de algumas semanas, e deve ser tratada”.

É importante não abandonar o tratamento “se o primeiro medicamento não funcionar, tente outros até atingir remissão da depressão”, adverte Robinson.

Quanto tempo vai durar a melhora do funcionamento mental? O próximo passo da equipe de pesquisa será responder a esta questão dentro do contexto do cenário típico da interrupção do medicamento após o tratamento, como geralmente é o caso na prática clínica.

Fonte: Stroke 2000;31

Sinopse preparada por Reuters Health

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