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Dengue continua ameaçando

São Paulo, 01 de Junho de 2001 (eHealthLA). A dengue continua fazendo vítimas. A Secretaria de Saúde do Paraná confirmou 67 casos recentes da doença, totalizando 1.057 no estado neste ano.

Doença presente em todo o mundo, à exceção da Europa Ocidental, a dengue vitima cerca de 80 milhões de pessoas por ano, de acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde.

Dessa grande massa populacional contaminada, pelo menos 20.000 morrem. No Brasil foram registrados 200.000 casos no ano passado.

No início deste ano a população da Capital de São Paulo – especialmente na periferia das zonas norte, leste e oeste – se viu envolvida com o mosquito aedes aegypti transmissor da doença.

A Prefeitura tomou algumas medidas saneadoras, com auxílio da Vigilância Sanitária, mas a preocupação continua, porque ninguém tem certeza, ainda, de que todos os focos foram debelados.

No Paraná, a região Norte tem sido a mais afetada. Ano passado, nesta mesma época, aquele estado registrava ocorrÊncias de 1.811 casos, contra os 1.057 atuais. Desse total, 400 são das cidades de Maringá e Santa Fé.

“Dengue é hoje um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo” diz o sanitarista José da Silva Guedes, secretário de Saúde do estado de São Paulo, relatando que o número de casos e de países vem aumentando nos últimos 20 anos.

CUSTO SOCIAL - “O custo social dessa pandemia é enorme, não só pelo sofrimento humano, mas pelo tempo perdido, gastos de assistência médica e com o controle.

Nas Américas, o que se gastou com o controle da dengue foi de aproximadamente US$ 330 milhões em 1996 e de US$ 670 milhões em 1997. Não obstante, o número de casos, que em 1996 foi de 285 mil, chegou a 695 mil em 1998.

Dos US$ 670 milhões gastos em 1997, US$ 600 milhões foram no Brasil, que em 1998 foi responsável por 530 mil dos 695 mil casos notificados nas Américas”, enfatiza Guedes.

“Gasta-se muito, consegue-se pouco. O que estaria ocorrendo no Brasil para estarmos enfrentando uma situação dessas?”, pergunta o dr. Guedes, em recente artigo assinado.

E depois de historiar a incidência desta doença no Brasil, destaca que em 1986 houve epidemias no Rio de Janeiro e no Nordeste. Desde então, o número de casos tem sido crescente no Brasil, chegando a mais de 200 mil em 2000.

METROPOLITANA - Os casos se concentram nas áreas urbanas. Isso se verifica no país como um todo A dengue é hoje uma doença de características mas metropolitana.

COMO EVITAR - A doença pode ser controlada, mas não erradicada. Por isso, fique de olho em qualquer recipiente com água, limpa ou suja. “O controle se fará por meio da redução a níveis mínimos da infestação urbana pelo aedes aegypti e não resta outra alternativa.

Há que se engajar toda a sociedade no controle da dengue, não somente o serviço público, porque o mosquito é criado em casas, quintais, apartamentos, necessitando de uma mínima porção de água, vasos de planta, as próprias plantas, garrafas, pneus, vasilhames em uso ou em desuso, qualquer recipiente que colete um pouco de água serve de criadouro para o aedes aegypti” destaca o secretário paulista, convidando toda a população a se engajar nesta luta contra o mosquito.

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