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Rio Lança Campanha Para Combater a Dengue

25 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro lançou na quarta-feira uma campanha de combate ao mosquito "Aedes aegypti", transmissor da dengue.

A campanha foi lançada um dia após a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ter divulgado que identificou um caso inédito de dengue no país no Rio de Janeiro.

A agente de saúde Elizabeth Cabral, de 40 anos, moradora do bairro Califórnia, no município de Nova Iguaçu, na baixada Fluminense, contraiu dengue do tipo 3, comum nos países da América do Sul e Central. Mas até agora, o Brasil só tinha registrado os casos de dengue dos tipos 1 e 2.

"É um caso de verdadeiro alerta porque a dengue nos últimos anos no Rio e no Brasil tem sido do tipo 1 e 2, enquanto os tipos 3 e 4 representam uma ameaça para o país", disse o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Arouca, que percorreu na quarta-feira casas do bairro do Méier, na zona norte do Rio, à procura de focos do mosquito transmissor da doença.

"O fato de ter um caso em Nova Iguaçu significa que o vírus já está circulando", acrescentou.

Ele explicou que já conversou com o secretário estadual da Saúde, Gilson Cantarino, que pretende convocar uma reunião entre os secretários municipais de saúde de todo o Rio para que o combate ao mosquito seja integrado.

"O fato de haver um novo caso fará com que a campanha seja intensificada", disse Cantarino.

A secretaria municipal do Rio já notificou 34 casos suspeitos de dengue, sendo que nenhum foi confirmado.

A coordenadora da Secretaria Municipal da Saúde, Neri Baran, disse que não está descartada a possibilidade de esse caso do tipo 3 se proliferar no estado.

"É bem possível que chegue a outras localidades do Rio. Assim foi com a dengue dos tipos 1 e 2, que surgiu em uma determinada área e depois se espalhou", disse.

Em Niterói, região metropolitana do Rio, a situação é mais grave. A secretaria municipal já notificou 265 casos suspeitos, sendo que 17 deram positivo e dois são do tipo hemorrágica, a mais grave.

Agentes de saúde estiveram na quarta-feira de manhã na casa da vítima Elizabeth Cabral e encontraram larvas e focos do mosquito transmissor da doença.

As amostras serão analisadas para que a Secretaria de Saúde descubra se ela foi picada pelo mosquito em casa ou em visitas que ela fez a outros lugares como agente de saúde.

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