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Belo Horizonte, 19 de Março de 2002 (Bibliomed). As autoridades de saúde brasileiras começam a se mobilizar para evitar uma epidemia de dengue no verão do ano que vem. O Ministério da Saúde anunciou há alguns dias que as ações preventivas de combate à doença devem começar no segundo semestre deste ano – no fim de julho ou no início de agosto. O objetivo é impedir que os números da doença em 2003 se multipliquem como está ocorrendo agora em todo o País. Com o aparecimento do vírus 3, as ações devem ser intensificadas para impedir uma epidemia mais grave, com índices maiores da manifestação hemorrágica da doença.
O Ministério da Saúde acredita que a partir de abril os casos da doença devem se reduzir significativamente, o que seria resultado da mobilização em diversas regiões para acabar com os focos da doença. Em todas as áreas ameaçadas pela ação do mosquito Aedes aegypti estão ocorrendo trabalhos educativos e de limpeza. Comunidade, agentes de saúde, Organizações Não-Governamentais (ONGs) e voluntários trabalham para eliminar os locais usados como criadouros das larvas do mosquito. Pneus, tampas de garrafa e outros tipos de lixo que retêm água estão sendo recolhidos.
Dados do governo federal mostram que os casos da doença continuam crescendo em algumas regiões do País. No entanto, a taxa de mortes sofreu uma redução. A queda é atribuída pelo Ministério da Saúde à melhora no atendimento dos pacientes, ao diagnóstico precoce e ao emprego do melhor tratamento.
A partir do início do ano, diversos Estados brasileiros passaram a registrar aumentos significativos nas notificações de dengue. Como três tipos de vírus já circulam em algumas cidades, aumentando a possibilidade de reinfecção, também foi observado um crescimento das manifestações hemorrágicas da doença, bem mais graves. O vírus 3 chegou primeiramente ao Rio de Janeiro, onde o número de casos tem se multiplicado neste verão.
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